quinta-feira, 2 de maio de 2024

Finisterra [T01E24] - Explorando o Castelo II

Relato da campanha Finisterra T01E24 [19/11] 📝

Personagens: Ellisande [Maga], Ishamael [Mago], Costela [Anão], Adélio [Guerreiro], Tripa Seca [Ladrão] e Tobias [Pequenino]
Na ficção: 2 do Ouro, sexto mês do ano e último do verão

Imagem gerada por IA

Explorando o Castelo II

Foi a minha primeira vez nesta terra isolada. A promessa de ouro e glória me trouxe até aqui, mas ao chegar, encontrei apenas um bando de gente dura e suja. As terras da fronteira não eram nada convidativas e apenas um bando de desajustados parecia ter algum interesse em partir para fora da segurança - se é que pode ser chamada de segurança - dos entornos da Vila dos Biltres.

Saímos todos sob o efeito de alucinógenos. No início alguns de nós ficaram receosos, mas com meu incentivo, os veteranos desembolsaram alguns trocados e os novatos se encheram de coragem. Com uma mula e a companhia de alguns homens-de-armas contratados partimos.

Os ventos do sul nos trouxeram um bom presságio quando um pardal se aproximou de nós e decidiu repousar em meu ombro. Usando meu chapéu como proteção das intempéries. Todos podíamos sentir um laço místico com o pequeno aliado emplumado.

O caminho me foi completamente estranho, mas, pelo que entendi, meus novos companheiros já haviam mapeado aquelas terras em alguma incursão no passado. Seguimos pelo tal Rio Varavale e atravessamos uma ponte e uma vila abandonada. Meus aliados nos apontaram alguns pontos de interesse no horizonte. Obeliscos rochosos fantásticos.

Atravessamos casebres abandonados apenas para acampar no sopé do Castelo de Ratimpedra. Um dos nossos homens conseguiu se conectar ao amigo pardal e perceber que um enorme grupo de morcegos fazia sua morada nos andares superiores do castelo. Comemos, bebemos, cantamos em nome dos perigos mortais que nos esperavam no amanhecer e dormimos.

Pela manhã, entramos pelos fundos dos castelos e exploramos até nos deparar com um salão repleto de esqueletos que, prontamente, se levantaram em nossa direção. Com uma tocha em uma mão e o escudo na outra, segurei a porta enquanto meus aliados disparavam flechas e magias. Uma de nossas aliadas, uma valente contratada, foi atingida no pescoço por uma flecha mortal enquanto arremessava uma ânfora de óleo contra uma tocha caída aos pés dos esqueletos. Seu ato de bravura estará para sempre tatuado em meu coração.

Após isso, seguimos explorado o castelo. Encontramos um salão com um buraco no teto. De lá, três escorpiões tão grandes quanto mastins de guerra avançaram sobre nós. Nossos arcanistas colocaram um para dormir enquanto eu cravava minha espada no bucho do da besta mitológica. O terceiro decidiu que nossa carne não valia o risco e recoou para sua toca. Nem nós e nem ele decidimos entrar em conflito.

Imagem gerada por IA

Explorando o castelo, encontramos duas armaduras completas e em bom estado. Eram mais leves e bem feitas do que qualquer armadura que eu já tenha visto nos impérios insulares. Tomei uma para mim e a vesti imediatamente. Os bons ventos me abençoaram mais uma vez, pois no retorno fomos emboscados por uma revoada de mosquitos-gigantes-de-couro, como aqueles que vivem nas Ilhas da Brasa onde costumávamos trocar espelhos por pepitas de ouro em minha juventude. Estas criaturas costumam secar o sangue das preguiças-gigantes em poucos segundos e eu estaria seco como um corselete de couro se não fosse pela nova armadura. Meus aliados foram espertos em correr enquanto eu mais uma vez ficava para fechar a porta.

Depois daquilo, decidimos partir. Voltamos embora, carregando tesouros. Uma estátua de muito interesse dos arcanistas. Sujeitos amigáveis... tenho a impressão de conhecê-los de outra vida. Enfim, descasamos naquela Vila Morta e seguimos ao terceiro dia.

No caminho, algumas abelhas gigantes decidiram se zangar conosco, mas, mais uma vez os insetos não foram páreos para os dons arcanos dos aventureiros que lideravam aquele bando. Ao fim, chegamos a Vila dos Biltres. Onde devolvemos a mula, vendemos os espólios e, espero, gastaremos este suado ouro em um enterro digno para a dama guerreira e uma boa sopa para as damas da noite.

Adélio

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Finisterra é uma campanha de Hexcrawl que utiliza o sistema Caves & Hexes, inspirado no B/X de 1981. A campanha acontece nos estilo de Mesa Aberta (ou West Marches), o que significa que diversos grupos jogam no mesmo cenário compartilhado, as sessões acontecem via chamada e aqueles que puderem participar no dia formam um time e saem para exploração.

➥ Venha jogar! 🔗 Notion - Finisterra

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