Desde que me interessei pelo movimento OSR sempre ouvi de diversos mestres e criadores de conteúdo a frase “o aventureiro nível 1 na OSR é apenas um camponês com uma espada”. E eu acreditei nessa frase, fui jogando, passando por várias experiências diferentes em diversas mesas e constantemente estranhando essa afirmação.
Anos depois fui mestrar minha própria campanha e mergulhei mais profundamente nos textos dos sistemas ditos OSR e logo de cara eu percebi que tinha alguma coisa errada com essa visão do aventureiro inicial ser alguém despreparado, incapaz e muitas vezes beirando a inutilidade e dependendo da sorte para sobreviver e ganhar alguns níveis.
Aqui nesse post vou me ater a analisar quem é esse aventureiro no principal “chassi” do movimento OSR, a partir dos textos do Old School Essentials e no D&D B/X de 1981, ambos jogos são compatíveis entre si, porém alguns trechos de texto do B/X ajudam a dar uma visão desse perfil de personagem.
Aqui vou apresentar 3 argumentos principais que contradizem essa visão do aventureiro incapaz e levantar uma hipótese do porque essa visão tomou conta do nicho.